Agosto Verde: mês de prevenção e combate à Leishmaniose

Agosto Verde: mês de prevenção e combate à Leishmaniose

Por: Jorge - 08 de Outubro de 2024

Doença tem tratamento, contudo não tem cura, necessitando que o animal seja reavaliado periodicamente.

Como é indicado para qualquer doença, a prevenção é sempre o melhor caminho. Uso de repelentes, evitar exposição nos horários em que o mosquito está mais ativo, evitar a proliferação do mosquito e instalar telas mosquiteiras na casa são as ações mais recomendadas para prevenir a Leishmaniose.

O mês de agosto é marcado por uma importante campanha em prol da saúde de toda a família, especialmente dos nossos amiguinhos de quatro patas. Estamos falando sobre o combate à disseminação e a prevenção da Leishmaniose, doença grave, transmitida pela picada do mosquito-palha e outros da mesma família. Trata-se de um inseto muito pequeno, quase imperceptível.

Trata-se de uma zoonose, podendo afetar animais e humanos. Após picado, o cão se torna um hospedeiro do protozoário Leishmania, causando a doença que, se não tratada, pode levar a óbito. Os sintomas são muito semelhantes a outras patologias; além disso, os diferentes exames que detectam a doença, nem sempre são conclusivos, dependendo de cada caso, o que torna o diagnóstico um verdadeiro desafio até mesmo para um Veterinário experiente.

Portanto, é fundamental que o tutor esteja atento aos primeiros sinais clínicos, a fim de buscar atendimento o mais breve possível. Enfraquecimento do pelo; lesões no focinho, orelhas e região dos olhos; apatia; crescimento anormal das unhas; perda de peso, emagrecimento progressivo e anorexia; aumento do volume abdominal e paralisia dos membros são os indícios que levarão à suspeita do caso.

Há tratamento, mas é importante deixar claro que não há cura. Por isso, é fundamental prevenir a infecção. As melhores formas de fazê-lo são:

• Uso de repelentes (nos animais, isso pode ser feito através das coleiras repelentes);
• Evitar exposição nos horários em que o mosquito está mais ativo, principalmente no final do dia;
• Evitar a proliferação do mosquito: não deixar água parada, manter os ambientes sempre limpos e livres de materiais orgânicos;
• Instalar telas mosquiteiras na casa.

A vacina contra Leishmaniose não está mais disponível no Brasil, sendo proibida sua aplicação no país. Antigamente a orientação das autoridades era eutanasiar os animais contaminados. Felizmente essa prática passou a ser desaconselhada, já que se comprovou que, uma vez controlada a doença e tratado o animal, ele deixa de ser um agente de disseminação.

Por fim, cabe esclarecer que, sabendo que a Leishmaniose não tem cura, o cachorro doente deverá seguir sob observação, realizando revisões periódicas. A cada quatro meses o paciente deve ser reexaminado, afim de avaliar a possível necessidade de repetir o ciclo de tratamento.

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