Enchentes e a saúde dos pets
Por: Jorge - 08 de Outubro de 2024
Leptospirose, parvovirose, cinomose, viroses do trato gastrointestinal, além de parasitas como pulgas, carrapatos e verminoses são os problemas mais comuns nessas situações.
Evitar o contato com água contaminada de inundações, infelizmente, nem sempre é possível. Por isso, é preciso manter uma prevenção regular contínua, para evitar problemas de saúde nos pets, caso tenham que passar por isso. A vacinação, desvermifugação e aplicação de antipulgas e carrapatos devem estar sempre em dia.
Infelizmente nosso Estado tem sofrido muito com enchentes e estragos causados pelas chuvas. Milhares de pessoas e animais precisaram ser retirados às pressas de suas casas. Muitos deles, foram resgatados em meio à água.
Além de sofrer com o frio, já que estamos vivendo dias de temperaturas baixas, tem o risco de infecção por diversas doenças causadas por águas de enchentes, que estão contaminadas. Isso ocorre devido ao contato com lixo, esgoto e tantos outros fatores que levam à poluição.
Leptospirose, parvovirose, cinomose, viroses do trato gastrointestinal, além de parasitas como pulgas, carrapatos e verminoses são os problemas mais comuns nessas situações. Os principais sintomas dessas patologias são:
Leptospirose: prostração, febre, falta de apetite, vômito, diarreia, urina escura, feridas na boca, tremor, espasmos musculares, dor ou rigidez nos músculos, coloração amarelada das mucosas, pele e branco do olho.
Parvovirose: prostração, perda de apetite, febre, vômito, diarreia com sangue e desidratação.
Cinomose: prostração, perda de apetite, diarreia, vômito, febre, secreções oculares (remela em grande quantidade), Secreções nasais (pus), Convulsões, Paralisias, Tiques nervosos e falta de coordenação.
Viroses do trato gastrointestinal: prostração, perda de apetite, diarreia, vômito, febre.
Devido aos inúmeros riscos de estar exposto a isso, o ideal é sempre prevenir. Ou seja, quando surgirem os alertas de inundação, evacuar as áreas de risco. Caso isso não seja possível, algumas ações durante os resgates são essenciais, como retirar os animais sem ter contato com a água; manter a calma, para não estressá-los ainda mais; mantê-los em guias; e identificá-los.
Contudo, sabemos que essa fase crítica já passou e é hora de recuperar os danos, de reconstruir e de cuidar da família e da saúde. Por maior que seja a ansiedade, só volte para casa após orientações das autoridades, afim de garantir a segurança de todos. Após o retorno, limpe bem a casa, antes de trazer os pets e certifique-se de que o ambiente não oferece risco para eles e esteja atento a quaisquer sintomas e mudanças de comportamento ou no estado geral de saúde do animalzinho.
Outro problema que pode surgir, após viver esses eventos tão traumáticos, é ansiedade, depressão e estresse. Muitos desses pets estão ou permaneceram muito tempo longe de seus tutores, gerando problemas emocionais. Alguns indicativos de que eles podem estar sofrendo com isso são prostração, perda de apetite, lamber excessivamente as patas, arrancar os próprios pelos, chorar ou latir insistentemente e comportamento agressivo ou destrutivo.
Se possível, leve o pet a uma consulta com Médico Veterinário assim que estiverem a salvo, para uma avaliação geral de sua saúde física e emocional. O profissional poderá indicar uma nova aplicação de vermífugos, solicitar exames e realizar um acompanhamento preventivo.
Como vimos acontecer recentemente em nosso estado, muitas regiões que nunca sofreram com inundações, foram afetadas pelas enchentes deste mês. Por isso, muitas pessoas precisaram sair às pressas de casa, sem poder se prevenir em alguns aspectos. Por isso, a saúde dos pets deve estar assegurada constantemente. Para tal, mantenha a carteira de vacinação, vermífugos e antipulgas e carrapatos sempre em dia.
Se você passou por essas situações tristes ou adotou algum animal resgatado, agende uma consulta com a Dra. Simone Wolffenbuttel, tocando aqui.